A arrecadação dos sindicatos, tanto os patronais quanto os de empregados, caiu cerca de 96% nos últimos dois anos, segundo informações divulgadas pela Secretaria do Trabalho, ligada ao Ministério da Economia. Nesse cenário, os números acabaram passando de R$ 2 bilhões para R$ 88,2 milhões (resultado parcial de 11 meses).
Só em 2018, quando a reforma trabalhista entrou em vigor, essa arrecadação já havia caído cerca de 88%, para R$ 282,9 milhões. A pesquisa PNAD Contínua anual, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o nível de sindicalização atingiu a menor marca nos últimos sete anos em 2018, quando 12,5% das pessoas ocupadas estavam associadas a algum sindicato.
Nesse cenário, a crise econômica e a agenda de reformas impactaram esse movimento de descapitalização e perda de representatividade dos sindicatos. O governo de Jair Bolsonaro ainda estuda promover um tipo de reforma sindical, mas a proposta ainda não foi apresentada.